O Erguer de Leonhardt Ascroft

A luta em Akihabara atingia seu clímax. As ruas estavam irreconhecíveis, cobertas por destroços e faíscas de batalha. O barulho dos confrontos ecoava por todo o distrito, misturando-se com os gritos de civis em pânico e os rugidos ferozes dos Varnaks. Embora a resistência estivesse sendo organizada, os Varnaks se mostravam mais adaptáveis do que os defensores poderiam imaginar. A cada estratégia que os humanos implementavam, os monstros pareciam aprender e se ajustar, tornando a defesa mais difícil.

Os Varnaks não eram simples monstros brutais. Suas habilidades de adaptação e comunicação entre si eram impressionantes. Quando um deles caía, seus companheiros usavam essa informação para evitar o mesmo destino, formando estratégias de cerco e isolamento. Alguns Varnaks começaram a usar técnicas de emboscada, atacando as linhas de frente das forças de defesa enquanto outros flanqueavam os pontos mais fracos.

A figura do líder Varnak, que observava o caos de sua posição elevada, sabia que os humanos estavam começando a se agrupar, formando resistência organizada. Isso era o que ele queria — uma luta. Os Varnaks não viam esses humanos como presas fáceis; para eles, era uma questão de testar seus limites, de ver como esses seres frágeis poderiam se manter diante de sua supremacia.

Quando Leonhardt, Selene e Darius entraram no campo de batalha, a mudança foi imediata. A atmosfera ao redor deles parecia mudar, como se a própria essência do combate fosse alterada. Leonhardt, com seu controle absoluto sobre sangue e sombras, não precisava de muito esforço para criar um ambiente de terror ao redor dos Varnaks. Ele lançava correntes de sombras afiadas, que atravessavam os corpos dos monstros com facilidade, desmembrando-os sem dar chance para que reagissem. Cada movimento seu era um espetáculo de precisão letal, a sombra de seu poder envolvendo tudo ao seu redor.

Selene, por sua vez, não precisou fazer grandes gestos para mostrar sua superioridade. Seu controle sobre o som era incomparável, e ela sabia exatamente onde atacar. Com uma série de gestos delicados, ela manipulava a frequência das ondas sonoras, desestabilizando os Varnaks e forçando-os a cair de joelhos. As ondas sonoras que emanavam de seu grimório reverberavam pelo campo, criando vibrações que desintegravam qualquer estrutura em seu caminho, e os Varnaks, incapazes de compreender a origem de seus ataques, sucumbiam um a um.

Darius, com sua sede de combate, estava mais ansioso do que nunca. A cada soco, um estrondo ecoava, a terra trepidava, e os próprios Varnaks eram lançados para longe com o impacto. Seus golpes tinham um efeito devastador, rachando o solo e criando fissuras que engoliam os monstros. Darius não se importava com a tática; ele estava ali para esmagar tudo o que se movesse. Sua energia parecia ser inesgotável, e a cada nova onda de choque, ele se sentia mais forte, mais vivo, alimentado pela batalha.

No entanto, enquanto os três caçadores estavam causando estragos, a luta estava longe de ser vencida. O líder Varnak, uma criatura colossal, imponente e de presença ameaçadora, emergiu da linha de frente com um rugido de guerra. Seus olhos, de um amarelo penetrante, eram cheios de uma malícia estratégica, como se ele soubesse que a batalha estava apenas começando.

Ele tinha uma habilidade única que estava prestes a mudar o curso da luta. Com um movimento de sua enorme garra, ele conjurou uma onda de energia escura que fez as sombras ao redor ganharem vida própria. As sombras não eram mais apenas uma ferramenta de Leonhardt; agora, elas se voltavam contra ele, como se a própria essência de sua magia estivesse sendo corrompida. A cada movimento que Leonhardt fazia, as sombras se moviam de forma independente, contra-atacando com uma força devastadora.

Selene também sentiu o efeito da interferência. As ondas sonoras que ela manipulava estavam sendo absorvidas pela distorção da energia vinda do líder Varnak, tornando suas habilidades ineficazes. Ela sabia que não poderia mais usar suas ondas sonoras da mesma forma. O campo de batalha estava mudando.

Darius, sem entender a complexidade da situação, atacava ferozmente o líder Varnak, mas logo percebeu que a força de seu adversário era algo completamente diferente. O líder Varnak não era apenas forte; ele era estratégico, calculista, e agora estava usando as mesmas táticas de seus subordinados, pressionando Darius com golpes de energia sombria.

Enquanto os três caçadores enfrentavam o líder Varnak, as forças locais tentavam se reorganizar. Os Guardiões da Luz, que já estavam em campo, perceberam que precisavam mudar suas táticas para enfrentar uma ameaça tão complexa. Os reforços de outras facções estavam começando a se infiltrar no campo de batalha, com magos e guerreiros tentando descobrir uma maneira de neutralizar os Varnaks. A Guilda Nexus também se envolvia ativamente, priorizando a proteção dos civis, mas estava se tornando cada vez mais claro que, sem um plano unificado, a cidade inteira poderia ser engolida pela destruição.

A batalha se estendia por horas, e a cada momento parecia mais evidente que os Varnaks não estavam apenas tentando conquistar a cidade — eles estavam tentando provocar uma reação, testando os limites das forças humanas. Para Leonhardt, Selene e Darius, esta era uma oportunidade única, mas também um enorme risco. O líder Varnak, agora em confronto direto com eles, não era apenas um inimigo físico; ele representava a inteligência, a astúcia e o poder de uma raça disposta a conquistar mais do que apenas uma cidade.

A luta em Akihabara estava longe de ser resolvida, mas uma coisa era certa: nada mais seria como antes. O mundo havia mudado com a abertura da fenda, e agora, as forças que lutavam por ela estavam cada vez mais próximas de um confronto decisivo.