Chapter 6: Eddark Preso
Eddard Stark está preso, acusado de conspirar contra o Trono de Ferro e o Rei Joffrey, que é um bastardo nascido do incesto entre a Rainha Cersei e Jaime Lannister, o Regicida.
Enquanto aguarda seu destino na cela escura, Eddard recebe notícias de que seu filho Robb anunciou um exército para exército libertá-lo.
A cena de Eddard Stark
Varys caminha silenciosamente pelos corredores da Fortaleza Vermelha até a cela onde Eddard está preso. Ele para diante das notas, com uma expressão enigmática.
Varys: Eddard Stark... quem diria. O honrado Guardião do Norte agora preso por traição.
Eddard: (calmo, mas firme) Traição contra quem?
Varys: Contra o Trono de Ferro, é claro. E, por extensão, contra o jovem Rei Joffrey.
Varys faz uma pausa, estudando o semblante de Eddard.
Varys: Seu filho Robb está lutando por sua vida. Ele marchou com um exército para o sul, disposto a qualquer protesto que se opusesse a ele.
E, curiosamente, recebi notícias de outro filho seu. Jon Avalon. Ele investiu uma carta para Sete Reinos.
Eddard: (levemente surpreso) Jon? O que ele escreveu?
Varys: Quer que eu leia para você?
Eddard acena com a cabeça, hesitante.
Varys abre o pergaminho com cuidado e começa a ler em voz alta:
Varys:
*"Aos Senhores dos Sete Reinos, meu nome é Jon Avalon. Fui conhecido como Jon Snow, o bastardo de Eddard Stark.
É uma pena que Eddard Stark escolheu o Usurpador em vez de seu próprio sangue.
Eddard teve a ousadia, a coragem de me pedir para renunciar ao meu reino. Um reino que eu forjei, que construí do nada.
Um lugar onde todas as religiões são permitidas.
Onde uma criança não é culpada apenas por nascer do lado errado do lençol.
Onde as mulheres são livres para liderar suas casas e até pedir o divórcio.
Onde um homem pode se casar com outro homem.
E onde uma mulher pode se casar com outra mulher.
Agora, Robb Stark, o filho mais velho de Eddard e Catelyn Stark, herdeiro de Winterfell e do Norte, tem a audácia de pedir minha ajuda para salvar um homem que me renegou.
Aquele que me pediu para abandonar minhas esposas, meus filhos, meu reino e meu povo.
Não moverei um dedo sequer para ajudá-lo."*
Assinado, Rei Jon Avalon.
Varys fecha o pergaminho e olha para Eddard com um pequeno sorriso.
Varys: E então, Lord Stark? O que pensa disso?
Eddard não responde imediatamente. Ele desvia o olhar, o peso das palavras de Jon recaindo sobre ele como uma lâmina fria.
Eddard: (murmurando para si mesmo) Fiz o que achei que era certo. Mas agora... vejo o quanto o mundo mudou.
Varys: Talvez, Lord Stark, seja o mundo que está certo, e sua visão de honra, ultrapassada.
A cela de Eddard Stark
Eddard Stark permaneceu em silêncio, os olhos fixos no chão de pedra úmida da cela. As palavras de Jon ressoavam em sua mente como um martelo. Ele havia criado Jon como um filho, mas agora o rapaz parecia ter se tornado um homem que desafiava tudo o que Eddard acreditava ser justo e correto.
Eddard: (finalmente levantando a cabeça) Jon... Jon sempre foi melhor do que o mundo permitiu que ele fosse. Talvez... talvez ele esteja certo em rejeitar em salva a minha vida.
Varys arqueou uma sobrancelha, intrigado pela resposta inesperada.
Varys: É uma atitude admirável, Lord Stark, aceitar suas falhas. Poucos homens fariam o mesmo, especialmente nesta posição.
Eddard: (com um leve suspiro) Não é fraqueza admitir erros. Fraqueza é fingir que nunca os cometi.
Varys sorriu levemente, como se apreciasse a reflexão de Eddard.
Varys: Seu filho Robb não vê as coisas da mesma maneira. Ele marcha para o sul, determinado a libertá-lo. E, se for bem-sucedido, arriscará tudo — o Norte, sua casa, a vida de milhares.
Eddard levantou o olhar, um brilho de determinação em seus olhos.
Eddard: Robb é jovem. Ainda não entende que a guerra destrói mais do que salva. Preciso fazer algo antes que ele sacrifique o Norte por minha causa.
Varys: E como pretende fazer isso, Lord Stark? Sua cela não tem portas secretas.
Eddard ficou em silêncio por um momento, contemplando.
Eddard: (finalmente) Preciso falar com o Rei.
Varys gargalhou suavemente, um som frio que ecoou pela cela.
Varys: O Rei Joffrey não é conhecido por sua paciência, Lord Stark. Ele prefere cabeças cortadas a conversas.
Eddard: Não me importo. Se minha vida puder poupar no Norte, é um preço justo.
Varys inclinou a cabeça, contemplativo.
Varys: Uma negociação com o rei seria... interessante. Posso ser capaz de organizar isso. Mas nada é de graça, Lorde Stark.
Eddard olhou para Varys, o olhar duro e implacável.
Eddard: Meu preço será minha vida. Mais do que isso, você não terá.
Varia inclinando-se gradualmente, um sorriso enigmático se formando em seus lábios.
Varys: Muito bem, Lorde Stark. Vamos ver se as palavras de um homem condenado podem mudar o curso da guerra.
Cena: Salão do Trono, Fortaleza Vermelha
Dias depois, Eddard foi levado ao Salão do Trono. Ele estava pálido, enfraquecido pela prisão, mas manteve a postura firme enquanto era prolongado pelos guardas. Joffrey estava sentado no Trono de Ferro, com um sorriso cruel estampado no rosto.
Joffrey: Ah, o traidor do Norte finalmente se arrasta até o meu trono. O que tem a dizer em sua defesa, velho lobo?
Eddard parece o olhar, sua voz forte apesar de tudo.
Eddard: Não estou aqui para minha defesa, mas para proteger meu povo.
Joffrey: (rindo) Seu povo? Você acha que o Norte será poupado? Meu exército destruirá Winterfell se precisar.
Eddard respirou fundo, escolhendo cuidadosamente suas palavras.
Eddard: Robb marcha por mim. Se eu morrer, talvez ele recue. Mas se continuar vivo, a guerra só crescerá.
Cersei: (interrompendo) O que você está dizendo, Lorde Stark?
Eddard: Minha confissão. Minha interpretação. Declare-me culpado, e farei o que for necessário para enganar meu filho e evitar mais sangue.
Joffrey inclinou-se para frente, animado.
Joffrey: E sua cabeça, Lorde Stark? Você está disposto a entregá-la por um pouco de paz?
Eddard fixou os olhos no jovem rei, sem desviar o olhar.
Eddard: Se isso poupar o Norte... sim.
Cersei lançou um olhar refinado para Joffrey, como se tentasse medir a ocorrência do rei. Varys, silenciosamente encostado em uma das colunas do salão, observava tudo com interesse.
Cersei: (calmamente) Talvez haja mais valor em manter o Lord Stark vivo, pelo menos por enquanto.
Joffrey: (irritado) Ele é um traidor! Deveria morrer agora mesmo!
Varys: (intervindo com especializações) Sua Graça, às vezes um prisioneiro vivo pode ser mais útil do que um morto. Especialmente para conter um ira de um exército que marcha ao sul.
Joffrey hesitou, claramente frustrado, mas finalmente concordou.
Joffrey: Muito bem. Que o traidor confesse e sua vida será... prolongada. Por enquanto.
Eddard abaixou a cabeça, sentindo o peso de sua decisão. Ele sabia que isso poderia salvar o Norte — mas a que custo para sua honra?
Eddard abaixou a cabeça, sentindo o peso de sua decisão. Cada palavra que ele havia dito parecia pesar mais e mais sobre seus ombros, mas ele sabia que, ao final, sua honra não importava tanto quanto a sobrevivência de seu povo. Ele havia feito o que era necessário para evitar mais derramamento de sangue, mas a amargura dessa escolha ou corrosão por dentro.
Joffrey se acomodou no Trono de Ferro, observando Eddard com um sorriso vitorioso, como se finalmente tivesse quebrado o velho lobo. Ele se recostou no trono, seus olhos brilhando com a satisfação de seu poder recém-adquirido.
Joffrey: (olhando com desprezo) Então, você se entrega tão facilmente? A honra de um Stark... tão facilmente corrompida?
Eddard chamou os olhos lentamente, olhando o jovem rei com uma frieza que só um Stark poderia ter, apesar da situação.
Eddard: A honra de um Stark nunca será corrompida. Eu faço o que for necessário para proteger o meu povo. Isso, sim, é honra.
Cersei olhou para Eddard, com uma expressão de interesse calculador, e então voltou para Joffrey.
Cersei: (suavemente) Talvez seja prudente fazer com que ele confesse, diante de todos. Isso proporcionou uma aparência de justiça... uma última oportunidade de mostrar sua lealdade ao reino.
Varys, que até então permaneceu calado, se moveu progressivamente, quase imperceptível em seu trajeto escuro. Ele se mudou de Joffrey e sussurrou, fazendo o jovem rei franzir a testa, mas ouvir suas palavras com atenção.
Varys: (calmamente) Sua Graça, o povo de Westeros valoriza a aparência da justiça tanto quanto a justiça real. Uma execução pública, no entanto, poderia ser vista como um gesto de tirania. Deixe-o viver por mais tempo. Use-o como um símbolo de sua autoridade, mas também de misericórdia sua.
Joffrey olhou para Varys com um olhar desconfiado, mas as palavras do eunuco conseguiram penetrar em sua mente, embora ele estivesse relutante em aceitar. Cersei, por sua vez, parecia satisfeito com a sugestão, como se tivesse calculado cada movimento.
Cersei: (para Joffrey) Lembre-se, meu filho, a lealdade deve ser conquistada, não imposta. Um pouco de misericórdia agora poderá tornar muito mais futuro.
Joffrey balançou a cabeça, não totalmente concluída, mas compreendendo a lógica por trás das palavras de sua mãe.
Joffrey: (com um tom desdenhoso) Muito bem. Que seja. O velho lobo viverá um pouco mais, mas que se lembre... tudo tem seu preço.
Cersei fez um gesto para que os guardas se aproximassem, e eles chegaram à direção Eddard para fora da sala, mas antes que ele saísse completamente, ele se virou mais uma vez para encarar o rei.
Eddard: (firmemente) Se o preço do meu sacrifício, então pagarei. Mas se você matar minha família, Joffrey... se houver algum mal feito com eles, você não encontrará paz. Nem nos seus sonhos.
Joffrey não parecia se intimidar, mas o olhar de Eddard, carregado de uma ameaça velada, parecia calar o jovem rei, mesmo que por um instante.
Cersei, ao perceber o peso daquela última fala, deu um breve sorriso, mas rapidamente o apagou, olhando para o filho.
Cersei: (com frieza) Que os deuses guiem seus passos, Lorde Stark. A sua jornada ainda não terminou.
Eddard foi retirado da sala, sua mente focada apenas em uma coisa: proteger o Norte. Mas ele sabia que cada movimento que fazia agora estava distante de sua honra, e mais próximo de uma sobrevivência amarga que nenhum Stark jamais deveria ter experimentado.
À medida que os portões do Salão do Trono se fechavam atrás dele, Eddard sentiu o peso da decisão que tomara. Ele estava vivo, mas o futuro do Norte, de sua família e de Westeros ainda estava em risco. Ele sabia que o sacrifício tinha sido apenas o começo. O verdadeiro teste estava apenas começando.
No Grande Septo de Baelor, o destino de Eddard Stark foi selado. Joffrey, com seu sorriso cruel, finalmente ordenou a execução de Eddard, o que provocou murmúrios pela multidão. O golpe foi dado com frieza, e o velho lobo caiu, derrotado pelo próprio sangue. O Trono de Ferro, imponente e indiferente, parecia observar de longe, alheio às consequências de mais uma morte em seu nome.
Enquanto isso, muito longe, além da Muralha, Jon Avalor estava em seu quarto, um lugar afastado, onde poucos poderiam alcançá-lo. Ele sabia o que estava acontecendo em King's Landing, e seus homens estavam prontos para agir. Eles já haviam se infiltrado na cidade, disfarçados e prontos para resgatar seu tio e, ao mesmo tempo, substituir a pessoa que seria executada, dando uma falsa esperança ao rei Joffrey. Jon Avalor sabia que Eddard precisava ser salvo, e que a verdade deveria ser ocultada por mais um tempo.
No silêncio de seu quarto, Jon Avalor olhou pela janela, refletindo sobre os passos que tomaria em breve. Ele não queria mais estar no centro do conflito de Westeros, ele sabia que a guerra que se desenrolava não era sua. Seu destino estava além da Muralha, onde ele poderia encontrar um refúgio e um novo propósito. Mas antes de seguir, ele precisaria garantir que sua família estivesse segura, e que Eddard pudesse escapar dos olhos da coroa por um tempo.
Enquanto pensava nos próximos passos, Rhaella, sua avó e esposa, entrou silenciosamente no quarto. Ela sabia que o que estava acontecendo poderia mudar tudo, mas ainda assim não pôde deixar de se preocupar com o futuro de Jon. Ela o observou por um momento, notando a expressão de determinação e peso que ele carregava.
Rhaella: (com preocupação, quebrando o silêncio) Depois de salvar seu tio, para onde ele irá? Para onde você o levará, Jon?
Jon Avalor olhou para ela, seus olhos firmes, mas com uma tristeza silenciosa que ela conhecia bem. Ele sabia que havia tomado uma decisão difícil, mas significativa. Não havia mais espaço para hesitação.
Jon Avalor: (calmamente) Para Essos. Um lugar bem remoto, longe de tudo isso. Onde ninguém puder encontrá-lo. Onde poderemos começar de novo.
Rhaella suspirou, um pouco aliviada ao ouvir suas palavras, mas também sabe que o futuro de Jon não seria mais fácil. Eles estavam prestes a entrar em um caminho incerto, um caminho onde o destino de Westeros e o de sua família poderiam se entrelaçar de maneiras imprevistas.
Enquanto Jon se preparava para agir, Rhaella sabia que, embora o plano fosse salvar Eddard e dar-lhe um refúgio, as sombras de Westeros continuavam a crescer, e mais desafios surgiriam no horizonte. Ela olhou para Jon mais uma vez, e sentiu uma mistura de orgulho e temor pelo que estava por vir.
Mas o plano estava em movimento. E, no final, Jon Avalor sabia que não havia mais volta. Eles iriam para Essos, onde, ao menos por um tempo, poderiam viver longe da guerra que tomava conta de Westeros.
Jon Avalor se sentou em seu quarto, com os olhos fixos no horizonte distante, onde as primeiras luzes do amanhecer começaram a pintar o céu. Ele sabia que o que havia ocorrido no Grande Septo de Baelor não era o fim, mas apenas o começo de uma série de eventos que iriam moldar o futuro de Westeros. A morte de Eddard Stark não foi um simples ato de tirania de Joffrey, mas o estopim para a escalada do conflito. A guerra, mais uma vez, tomou o Norte, mas agora com um novo líder.
Jon lembrou de Robb Stark. O jovem nortenho, agora solicitado a tomar o manto de rei do Norte e do Tridente, não estava preparado para a responsabilidade que vinha com o título. Robb havia sido um líder guerreiro, mas o peso da coroa e a necessidade de governar com sabedoria seria um desafio. Ele cometeria erros. Não havia dúvida disso.
Jon sabia que a pressão do poder seria grande para Robb, e que ele acabaria tomando decisões precipitadas, baseadas mais na raiva e no desejo de vingança do que em uma verdadeira visão para o futuro. O jovem Stark, apesar de sua bravura, era apenas um homem, e o destino de Westeros raramente era favorável a homens com apenas coragem e coração.
Jon: (pensando consigo mesmo) Com a morte de Eddard, Robb se verá sozinho. O Norte será dele, mas será dividido, e os erros serão inevitáveis...
Ele sabia que essa desordem, somada aos erros de Robb, abriria um caminho para aqueles que observavam nas sombras, esperando sua vez. O caminho, então, ficaria livre para os verdadeiros herdeiros do Trono de Ferro, alguém que pudesse reivindicar o poder de maneira mais calculada e ambiciosa.
Jon se declarou, caminhando até a mesa onde um mapa de Westeros estava estendido. Seus dedos tocaram a região de Essos, para além da Muralha, onde o que parecia um futuro distante poderia se tornar realidade. Ele pensou em Viserys Targaryen, seu tio, que havia perdido o trono, mas não a chama do desejo. O Príncipe Viserys, com a sua obsessão pela coroa e a sua ambição crescente, tomaria o que era seu por direito. Quando o caos tomasse o Norte e a luta pelo poder continuasse a engolir os reinos, Viserys surgiria como uma figura restaurada, um líder com sangue Targaryen que poderia finalmente conquistar o Trono de Ferro.
Jon: (falando em voz alta para si mesmo) Robb falhará, a guerra tomará o Norte... E Viserys, meu tio, será o único capaz de reunir forças para reivindicar o trono. Quando ele voltar, nada será o mesmo. O Trono de Ferro será retomado.
Jon sabia que a ascensão de Viserys ao trono não seria simples, mas ele acreditou que o príncipe Targaryen, com sua determinação e o apoio das casas dispostas a restaurar a velha ordem, poderia finalmente vencer. E a própria falha de Robb no Norte seria o acontecimento que permitiria a Viserys tomar o que sempre foi seu, e o Trono de Ferro novamente seria governado pelos Targaryen.
Jon tirou-se do mapa, sua expressão sombria e cheia de intenção. Ele sabia que o futuro estava em movimento, mas o que aconteceria após a morte de Eddard Stark não dependeria só de Robb, mas de quem saberia como tirar proveito da situação.
Jon: (finalmente, com certeza em sua voz) O caminho ficará livre. Para Viserys. Para o retorno da casa Targaryen.
Esses pensamentos foram suficientes para esclarecer uma chamada de certeza em Jon. O trono de Westeros finalmente pôde ser restaurado à verdadeira linhagem, mas apenas as peças se moveram de forma calculada. Viserys Targaryen, com sua força, ambição e o caos de Westeros ao seu favor, tome o Trono de Ferro. E Jon, com sua própria história e ambição, seria uma parte crucial dessa nova ordem.
O céu de Avalon estava tingido de vermelho e dourado enquanto o sol começava a se pôr. Era uma visão deslumbrante, mas também cheia de tensão, pois havia algo no ar — algo que indicava mudança. No horizonte, dois dragões cortavam o céu com suas enormes asas, imponentes e majestosos. Daenerys Targaryen montava Drogon, um dragão negro de escamas cintilantes como a noite, enquanto ao lado dela, seu esposo, Viserys Targaryen, voava com Vhagar, um dragão de chamas vermelhas tão intensas quanto a própria ira do príncipe.
Viserys, com seus olhos fixos na terra abaixo, sabia que sua jornada em Avalon não era apenas uma busca por mais poder ou vingança, mas um passo crucial para o destino de sua casa. Ele sentia o peso do sangue Targaryen em suas veias, o fardo de uma linhagem que, embora destruída em Westeros, ainda tinha forças para ressurgir. Seu olhar era feroz, e a cada batida das asas de Vhagar, seu coração batia mais forte, sabendo que a conquista estava ao alcance de sua mão.
Daenerys, ao seu lado, mais calma mas igualmente resoluta, observava Avalon com olhos de sabedoria e de fogo. Ela sabia que a luta que estava por vir não seria fácil, mas com Drogon ao seu lado, ela sentia o poder de seu dragão e a certeza de que sua linhagem poderia trazer um novo amanhecer. Seu cabelo prateado flutuava ao vento enquanto ela se preparava para o confronto, para a chegada de seu sobrinho, Jon Avalor, o homem que poderia ser a chave para o sucesso de sua causa.
Daenerys Targaryen: (com voz tranquila, mas firme) "Ele estará aqui em breve. O destino de nossa casa... do nosso sangue, está prestes a mudar."
Viserys Targaryen: (olhando para o horizonte, determinado) "Jon Avalor. Ele é o nosso único sobrinho e que pode nos ajudar a tomar o Trono de Ferro. Só ele pode compreender o que significa a verdadeira linhagem de nossa família."
À medida que os dragões voavam mais perto da capital de Avalon, as pessoas da cidade começaram a se agitar, observando as figuras majestosas no céu. O poder de Daenerys e Viserys, seus dragões dominando os céus, era um espetáculo digno de lendas. Mas, ao mesmo tempo, trazia uma sensação de que algo grandioso e assustador estava prestes a acontecer.
Avalon, com suas imponentes muralhas e seu palácio dourado, agora parecia uma cidade à beira de um novo império. Dentro de seus corredores, Jon Avalor estava ciente da chegada de seus tios, e com o peso da decisão sobre seus ombros, ele se preparava para o encontro que definiria o futuro de todos.
Jon Avalor, agora um homem de autoridade, sabia que o momento havia chegado. Ele havia sido avisado, mas nada poderia prepará-lo para o que estava prestes a acontecer. Daenerys e Viserys estavam finalmente vindo até ele. Os dragões que cortavam o céu não eram apenas um sinal de poder, mas um lembrete de quem, de fato, detinha o controle sobre o destino de Westeros. Ele se posicionou em seu salão, esperando o confronto, sabendo que sua linhagem e o peso da responsabilidade estavam prestes a colidir.
Ao pousar na praça central de Avalon, os dragões de Viserys e Daenerys causaram uma onda de reverência e medo. O chão tremeu quando Drogon e Vhagar aterrissaram com uma força impressionante. As pessoas olharam para os dragões e seus cavaleiros.
Viserys desceu de Vhagar com a postura altiva de um príncipe que sabia que o mundo estava à sua porta, pronto para ser conquistado. Daenerys, com sua calma de Rainha, agitando ao lado de seu esposo, seus olhos fixos em Jon Avalor à distância, aguardando o momento do encontro.
Daenerys Targaryen : (com uma voz serena, mas firme) "Jon... a hora chegou. A sua ajuda é essencial para que nossa casa, nossa linhagem, seja restaurada. O Trono de Ferro nos aguarda, e com você, ao nosso lado, ele será nosso."
Jon Avalor se mudou, sua expressão firme e decidida, mas com um toque de relutância. Ele sabia que, ao lado dos Targaryen, ele poderia finalmente restaurar o que havia sido perdido, mas também sabia que com isso viria um preço. Ele observou os dragões, suas sombras se alongaram sobre ele, e então olhou para Viserys.
Jon Avalor : "Você realmente acredita que a casa Targaryen pode dominar novamente Westeros? Que podemos sentar no Trono de Ferro e reinar sobre todos?"
Viserys, com um sorriso calculista, respondeu:
Viserys Targaryen : "Não, Jon. Não é uma questão de acreditar. É uma questão de fazer. A linhagem Targaryen, com a força de nossos dragões e o sangue de nosso povo, já deveria ter governado. Westeros tem esquecido quem realmente governa os sete reinos. Com seu apoio, podemos mostrar a todos quem somos."
O vento aumentava, as chamas dos dragões iluminavam o céu escuro, e o futuro parecia se estender diante deles — um futuro de poder, sangue e fogo, onde Jon Avalor e os Targaryen estavam prestes a mudar o curso de Westeros para sempre.
Jon Avalor olhou para seus tios com determinação e deu um passo à frente, sua voz carregando autoridade.
Jon Avalor: "Vamos entrar. Uma reunião adequada é necessária antes de darmos o próximo passo."
Atrás dele, o som de patas ecoava na praça de Avalon. Baleriln, o majestoso dragão azul com olhos negros como a noite, aproximou-se, observando Drogon e Vhagar com uma curiosidade quase desafiante. Embora maior do que o Dragon, Baleriln irradiava uma aura de mistério e poder que não passava despercebida.
Enquanto eles seguiam para o salão principal, Rhaella Targaryen, matriarca da linhagem Targaryen e avó de Jon, aguardava com uma expressão de orgulho contido. Ao lado dela estava sua nora, Lysa Avalor, cuja presença serena e firme era o pilar que sustentava sua casa.
Rhaella se levantou ao ver os filhos entrarem, sua voz carregada de emoção ao saudá-los:
Rhaella: "Meus filhos, como foi a viagem até Yi-Ti? Espero que tenham encontrado o que buscavam."
Viserys foi o primeiro a responder, seu tom altivo inalterado, mas com um toque de respeito pela mãe.
Viserys: "Yi-Ti é um lugar de mistérios e riquezas, mãe. Mas não se compara ao que estamos construindo aqui em Avalon. Trouxemos aliados, conhecimento e força."
Daenerys, mais direta, aproximou-se de Rhaella e segurou suas mãos.
Daenerys: "Os dragões voaram alto sobre Yi-Ti, e seus líderes compreenderam que não estamos apenas reconstruindo. Estamos renascendo."
Jon, observando a interação, virou-se para sua avó e esposa.
Jon Avalor: "Avalon está pronta para ser o centro de algo maior, mas o caminho até Westeros ainda é incerto. Precisamos unir forças completamente antes de qualquer ação."
Lysa Avalor, sempre prática, interveio.
Lysa: "Unir forças é essencial, mas isso significa mais do que dragões e espadas. Significa alianças políticas, estratégia e paciência. O que vocês trouxeram de Yi-Ti pode ser o que precisamos para fortalecer nossa posição."
Antes que pudessem responder, um rugido baixo de Baleriln ecoou do lado de fora, como se o dragão sentisse a tensão no ar. Os dragões eram reflexos de seus cavaleiros, e as faíscas de ambição e poder estavam começando a tomar forma entre os Targaryen.
Rhaella olhou para todos, sua expressão firme.
Rhaella: "Muito foi sacrificado para que estivéssemos aqui hoje. Não se esqueçam disso. Qualquer passo em falso pode nos custar tudo."
O clima no salão se tornou pesado, mas a determinação nos olhos de cada Targaryen mostrava que estavam prontos para enfrentar os desafios à frente. O renascimento da casa Targaryen não seria apenas uma luta por poder, mas uma redefinição do que significava governar os Sete Reinos.
Rhaella caminhou até Jon Avalon, o neto que também era seu marido. Os passos dela eram firmes, mas o olhar carregava uma mistura de apreensão e afeto. O silêncio no salão era quase palpável, como se todos ali prendessem a respiração, aguardando o desenrolar daquela interação.
Quando ela parou diante dele, Jon desviou o olhar por um instante, algo raro para alguém que carregava em si o peso de comandar um reino. Ele sempre fora destemido em batalha, mas ali, diante dela, sentia o peso das palavras que poderiam ser ditas.
Rhaella tocou o rosto dele com delicadeza, forçando-o a encará-la. Seus olhos lilases estavam cheios de uma ternura que Jon sempre associara à sua avó, mas agora havia algo mais — uma intensidade que fazia seu coração acelerar.
— Jon — ela começou, a voz baixa, mas firme. — Desde o dia em que você nasceu, eu sabia que estava destinado a algo grandioso. Mas ninguém nos preparou para isso… para este tipo de ligação.
Ele segurou a mão dela que ainda tocava seu rosto, apertando-a levemente, como se quisesse transmitir que estava ouvindo, que estava ali.
— Não escolhemos isso, Rhaella — respondeu ele, a voz rouca, compartilhada de emoções conflitantes. — Mas eu nunca permitiria que ninguém a ferisse. Nunca deixaria que carregasse esse peso sozinha.
Ela gentilmente levemente, um sorriso cheio de dor e orgulho.
— O peso não é só meu, Jon. Nós carregamos isso juntos. Mas preciso que você entenda… precisamos ser mais do que dragões cuspindo fogo e exigindo submissão. Se quisermos trazer um novo tempo para Westeros, precisamos ser melhores do que aqueles que vieram antes de nós.
Jon concordou, o olhar ficando mais sério.
— Eu sei. E é isso que me preocupa. Cada escolha que fazemos… cada passo que damos… é uma chance de mudar tudo ou de destruir tudo.
— E por isso, Jon, precisamos lembrar do que nos mantém humanos — Rhaella disse, sua voz suavizando. — Não importa quantos títulos carregamos, somos pessoas. Com medos, esperanças, e… amor.
Jon fechou os olhos por um momento, absorvendo as palavras dela. Ele sabia que ela era certa, mas também sabia que o caminho à frente seria implacável. Quando abri os olhos novamente, algo neles parecia mais determinado.
— Então vamos governar com a humanidade, Rhaella. Vamos ser os dragões que protegem, não os que queimam tudo à sua volta. Juntos.
Ela não respondeu com palavras, apenas o deixou para um abraço. O salão se apresentou em silêncio, mas naquele gesto, todos os presentes puderam sentir que aquele renascimento dos Targaryen tinha algo diferente. Algo que poderia, de fato, mudar os Sete Reinos para sempre.
Enquanto Rhaella e Jon Avalon se abraçavam no centro do salão, ao fundo, os olhares de Daenerys e Viserys observavam atentamente. Os irmãos Targaryen compartilham uma mistura de emoções. O vínculo entre mãe e neto agora transformado em marido e esposa era estranho, até mesmo para os padrões de sua casa. Mas, para eles, havia algo ainda mais importante do que qualquer desconforto: o futuro da Casa Targaryen.
Viserys cruzou os braços, o olhar fixo na cena à frente. Seus olhos ardiam com uma intensidade quase febril enquanto sussurrava:
— Vai chegar a nossa hora. O Trono de Ferro nos pertence por direito. Esses anos de exílio e humilhação serão pagos com sangue. A Casa Targaryen se erguerá novamente, e todos ajoelharão.
Daenerys, ao lado dele, inclinou levemente a cabeça, mas sem desviar os olhos de Rhaella e Jon. Seus pensamentos eram um turbilhão, mas a determinação em sua voz era inabalável.
– Sim. Os traidores pagarão por suas ações. Cada mentira, cada ofensa à nossa casa... será vingada. Mas precisamos de pacientes, Viserys. Ainda é cedo. Os Sete Reinos estão em ruínas, divididas. Vamos esperar. Observar. E, quando chegar a hora certa, seremos implacáveis.
Viserys virou-se para a irmã, uma sobrancelha arqueada, como se ponderasse as palavras dela. Mas o tom dela não deixou espaço para objeções. Ele sabia que, por mais jovem que fosse, Daenerys tinha uma força de vontade que não poderia ser ignorada.
— Esperar — repetiu ele, quase como se saboreasse a palavra. — Muito bem. Que os Sete Reinos se afoguem em sua própria decadência. E quando estiverem fracos demais para resistir… nós os queimaremos com o fogo do dragão.
Daenerys deu um meio sorriso, mas não respondeu. Em vez disso, voltou a atenção para Jon e Rhaella. Sabia que o momento deles marcava um novo começo para sua família, mas também sabia que aquilo traria desafios e conflitos. Paciente e estratégico, ela esperaria o momento exato para agir.
Naquele instante, os dois jovens Targaryen reafirmaram o que tinham em comum: a ambição de restaurar sua casa à glória. No entanto, cada um tinha a sua própria visão do que fez o renascimento da Casa Targaryen e até onde estavam dispostos a ir para alcançá-lo.
Na Torre do Portão, em Moat Cailin , o clima era pesado. Robb Stark estava reunido com seus vassalos e conselheiros, o crepitar das chamas na lareira era o único som além do murmúrio ocasional dos homens. À frente dele, sobre a mesa de madeira, repousava a carta de Jon Avalon. Robb segurava o pergaminho com força, os nós de seus dedos brancos, enquanto lia as palavras que haviam causado um misto de incredulidade e raiva.
O silêncio no salão era absoluto quando ele começou a ler em voz alta:
"Aos Senhores dos Sete Reinos, meu nome é Jon Avalon. Fui conhecido como Jon Snow, o bastardo de Eddard Stark.
É uma pena que Eddard Stark escolheu o Usurpador em vez de seu próprio sangue.
Eddard teve a ousadia, a coragem de me pedir para renunciar ao meu reino. Um reino que eu forjei, que construí do nada.
Um lugar onde todas as religiões são permitidas.
Onde uma criança não é culpada apenas por nascer do lado errado do lençol.
Onde as mulheres são livres para liderar suas casas e até pedir o divórcio.
Onde um homem pode se casar com outro homem.
E onde uma mulher pode se casar com outra mulher.
Robb fez uma pausa, engolindo em seco antes de continuar, a voz carregada de tensão.
Agora, Robb Stark, o filho mais velho de Eddard e Catelyn Stark, herdeiro de Winterfell e do Norte, tem a audácia de pedir minha ajuda para salvar um homem que me renegou.
Aquele que me pediu para abandonar minhas esposas, meus filhos, meu reino e meu povo.
Não moverei um dedo sequer para ajudá-lo."*
Assinado, Rei Jon Avalon.
Quando terminou, Robb abaixou o pergaminho e olhou para os rostos sombrios dos lordes reunidos. O primeiro a falar foi Greatjon Umber, que bateu com o punho na mesa, furioso.
— Um bastardo ingrato! Educado sob o teto de Winterfell, criado como um dos nossos, e agora ousa cuspir no Norte? Se fosse um homem, eu o desafiaria para um combate aqui e agora!
Lady Maege Mormont, com o rosto endurecido pela ira, murmurou:
— Ele esqueceu de onde veio. ele dever lealdade ao norte, talvez a coroa subiu a sua cabeça tenha ferido seu julgamento, mas não podemos confiar em alguém que renega sua própria família.
Roose Bolton permaneceu calado por um momento, antes de intervir com sua habitual calma gélida.
— Jon Avalon fez sua escolha. Ele não é um aliado, mas também não é um inimigo ativo. Não devemos desperdiçar energia com ressentimentos. Nosso foco deve ser na guerra à frente.
Robb respirou fundo, lutando para conter sua própria frustração. Ele sabia que Jon havia mudado desde que aceitara seu criou o seu próprio nome o nome AVALON, mas nunca esperara tal recusa, especialmente em um momento tão crítico.
— Jon Avalon fez sua posição clara — disse Robb, sua voz carregada de uma determinação fria. — Ele escolheu os selvagem . do que nos, o Norte, não precisamos de alguém que hesite em defender sua terra natal. Não lutaremos por ele. Lutaremos pelo que é nosso, pelo que sempre foi nosso.
As palavras de Robb ecoaram pelo salão, recebendo murmúrios de aprovação. Ele sabia que, apesar da traição que sentia, não poderia deixar que isso o distraísse de seu objetivo principal: salvar Eddard Stark e proteger o Norte da destruição.
Catelyn Stark estava sentada em um canto do salão quando Robb terminou de ler a carta de Jon Avalon. As palavras ecoaram em sua mente como uma lâmina fria, cortando sua paciência e endurecendo ainda mais seu coração. Até aquele momento, ela havia guardado seu desdém por Jon Snow em silêncio, mas ouvir aquelas palavras, escritas com tanta frieza e arrogância, fez algo dentro dela se romper.
— "Ingrato... traidor..." murmurou ela, as palavras escapando de seus lábios antes que pudesse contê-las. Sua voz era baixa, mas carregada de ódio. — "Eu devia saber que o sangue dele nunca seria leal ao Norte."
Os outros lordes a ouviram, mas não comentaram. O desprezo de Catelyn por Jon nunca fora segredo. Mas agora, sua ira parecia mais justificada do que nunca.
Robb não respondeu à sua mãe. Ele estava de pé no centro do salão, seus olhos fixos em um mapa estendido sobre a mesa. Suas mãos traçavam o caminho que levariam seu exército para o sul, começando por Moat Cailin, o bastião estratégico do Norte, até as Gêmeas, onde ele teria que negociar a passagem com o infame Lorde Walder Frey. Cada passo era crucial, e ele não podia se permitir erros.
— "Iremos para o sul," declarou Robb, sua voz firme e determinada. — "Meu pai está preso na Fortaleza Vermelha. Sansa é uma refém. E Arya..." Ele fez uma pausa, fechando os olhos brevemente ao pensar na irmã mais nova, desaparecida em Porto Real. — "Arya está perdida. Não sabemos onde ela está, mas eu não vou deixá-la para trás. E não abandonarei meu pai."
Os lordes ao redor da mesa assentiram, suas expressões sérias. O Norte havia se reunido em força impressionante, trazendo 20 mil homens, guerreiros endurecidos pelo frio e pela luta. Mas todos sabiam que isso era apenas parte do poder total do Norte. Se Robb tivesse mais tempo, poderia reunir até 45 mil soldados. Porém, o tempo não estava a seu favor.
Catelyn se levantou, cruzando os braços enquanto olhava para o filho.
— "Você está certo em marchar, Robb," disse ela, sua voz ainda carregada de raiva. — "Mas não se engane quanto aos inimigos que enfrentará. Porto Real é um ninho de víboras, e Walder Frey..." Ela hesitou, sua expressão endurecendo. — "Walder Frey não é confiável. Ele ajudará, mas o preço será alto."
— "Eu sei," respondeu Robb, sem desviar o olhar do mapa. — "Mas não temos escolha. Se Frey não nos der passagem, nossas forças serão presas ao norte do Tridente. Negociaremos com ele. E, se necessário, faremos sacrifícios para garantir que o Norte siga em frente."
Enquanto o exército de Robb marchava de Winterfell para Moat Cailin, o jovem lobo cavalgava à frente, sua capa de pele de lobo balançando ao vento. Ele sabia que cada passo o levava mais perto de perigos incalculáveis, mas também mais próximo de salvar seu pai e suas irmãs. Atrás dele, os homens do Norte o seguiam com lealdade feroz, prontos para lutar e morrer por seu jovem líder.
À medida que se aproximavam das Gêmeas, o imenso castelo duplo que guardava a passagem do Tridente, Robb sentiu o peso da responsabilidade crescer ainda mais. Ele teria que enfrentar Walder Frey, um homem conhecido por sua mesquinhez e traiçoeira habilidade política.
— "Que os deuses antigos estejam conosco," murmurou ele, enquanto os portões das Gêmeas apareciam no horizonte.
Cately stark chegou às Gêmeas com um exército de 20 mil homens, todos prontos para negociar, mas cientes da dificuldade da situação. O próprio Lorde Walder Frey não era alguém fácil de lidar — um homem velho, astuto e obcecado com alianças e poder. Quando os portões do castelo se abriram, Cately stark e seus vassalos entraram com cautela, sabendo que precisavam da aprovação de Frey para seguir em direção à Fortaleza Vermelha.
O grande salão das Gêmeas era imponente, com longas mesas de madeira e paredes adornadas por tapeçarias que retratavam antigas batalhas e vitórias da Casa Frey. Lorde Walder Frey, um homem idoso de rosto enrugado e olhos astutos, estava sentado em uma cadeira de alta posição, observando Robb e seus homens entrarem. A sala estava cheia de filhos e parentes de Frey, que esperavam a negociação com olhos de expectativa.
Cately Stark, com sua postura de líder, avançou para o centro da sala. Ela sabia que a situação era delicada. Se não conseguisse a ajuda de Frey, seus planos seriam interrompidos e seu exército ficaria vulnerável. Ao entrar na sala, ele se curvou levemente para o velho senhor, que o observava com um sorriso torto.
— "Lord Frey", disse Cately stark, mantendo sua voz firme, apesar da tensão crescente. "Vim até aqui em busca de sua ajuda. O Norte está em guerra, e meu pai está preso. Sansa é um refúgio, e Arya está perdida em Porto Real. Precisamos atravessar o Tridente para salvar o que restou de nossa família."
Lord Walder Frey transmitiu de forma malévola, suas mãos finas e ossudas se entrelaçando sobre a mesa.
— "Ah, Cately Stark. Você é corajosa, mas não seja ingênua. O preço pela minha ajuda não é barato." Frey fez uma pausa, os olhos brilhando com um desejo de poder. "Eu ajudo, sim, mas exijo garantias."
Cately Stark olhou atentamente, já imaginando o que o velho senhor desejava. A guerra deixou todos os senhores de terras com o desejo de fortalecer suas posições, e Robb sabia que Walder Frey não era diferente.
— "Fale, Lorde Frey", disse Cately Stark, com um tom que misturava paciência e um pressentimento de que a resposta não seria agradável.
Frey se inclinou para frente, seus olhos brilhando com satisfação.
— "Eu quero um casamento, Cately Stark. Ao fim dessa guerra, quando você tiver salvando o seu marido ou que o restar, seus filhos se casarão com uma de minhas filhas." O sorriso de Frey se alargou. "E mais, quero que sua irmã Arya também se case com um dos meus filhos. O casamento de seus irmãos fortalecerá minha casa, e garantirá que a Casa Frey esteja ao seu lado."
Cately stark , sentiu o peso das palavras cairem sobre ela como uma rocha. Era um preço alto, talvez mais do que ele esperava pagar, mas ela sabia que não havia escolha. Seus planos, sua família, o futuro do Norte dependiam de Frey, e ela não podia permitir que a obstinação ou impedimento de agir.
Cately Stark respirou fundo, sua expressão suportou enquanto ela tomava a decisão. Ela sabia que o que Frey estava pedindo era humilhante para ela, e provavelmente para Arya também, mas alternativamente era perder tudo.
— "Aceito", disse Cately stark finalmente, sua voz firme apesar da raiva que borbulhava dentro dela. "Aceito os casamentos. Farei o que for necessário para salvar minha família e o Norte. Mas lembre-se, Lorde Frey, isso não muda o fato de que sua lealdade será cobrada. Se você trair o Norte, pagará um preço muito mais alto do que qualquer casamento."
Lord Frey concordou com um sorriso vitorioso, satisfeito com o resultado.
— "Nós faremos um acordo, então,Lady Cately stark," disse ele, já começando a se preparar para a formalização do pacto. "Agora, você tem o que precisa para continuar sua marcha. Mas lembre-se, Cately Stark, que o preço deste auxílio sempre será lembrado."
Com a amarga acessível de Cately Stark, os preparativos para a travessia do Tridente foram recolhidos. O exército de Robb estava agora autorizado a seguir em frente, mas o peso das condições impostas por Frey permaneceria com ele, uma dívida que só poderia ser paga mais tarde.
Cately Stark voltou para o acampamento com a expressão sombria que carregava desde a difícil conversa com Lord Frey. Quando ela chegou, Robb estava entre seus oficiais, discutindo a próxima movimentação do exército, mas seus olhos logo se voltaram para a mãe assim que ela apareceu à entrada de seu tenda.
— "Mãe, o que aconteceu?" Robb perguntou, com a tensão evidente em seu rosto. Ele podia sentir que algo não estava certo.
Cately respirou fundo, tentando manter a compostura, mas sua voz traía uma mistura de raiva e preocupação.
— "Frey aceitou nossas condições," ela começou, olhando nos olhos do filho. "O exército poderá atravessar o Tridente, mas o preço será alto. Ele nos fez prometer que, em algum momento, essa dívida terá que ser paga. E ele irá cobrar o que é devido."
Robb franziu a testa, sentindo o peso das palavras de sua mãe.
— "Não confio nesse homem, mãe. Ele não é alguém com quem possamos fazer negócios assim tão facilmente," ele disse, os punhos cerrados. "Mas não temos escolha. A travessia é crucial, e não podemos perder mais tempo."
Cately assentiu, reconhecendo a verdade naqueles palavras. Ela sabia que, para avançar, teria que se submeter à vontade de Frey, mas a preocupação com o que o "preço" significava a perturbava. Não era só um favor; era um lembrete de que os Frey nunca esqueceriam quem lhes devia algo.
— "Você tem razão, Robb. Não podemos voltar atrás agora," ela respondeu. "Mas me preocupo com o que virá depois. Quando o momento chegar, o que Frey pedirá? E quanto mais difícil será honrar essa dívida?"
Robb olhou para o horizonte, suas mãos ainda firmes no mapa que tinha à sua frente. Ele sabia que isso poderia se tornar um problema maior mais adiante, mas, por agora, era uma vitória e uma chance de continuar avançando.
— "Eu farei o que for necessário para manter nosso exército forte. Se Frey tentar alguma coisa contra nós, ele verá o poder do norte," Robb disse, decidido. "Agora, vamos nos preparar para a travessia. Não podemos perder mais tempo."
Cately olhou para ele, sentindo a dor de ver seu filho assumir o peso da guerra com tanta responsabilidade. Mas ela sabia que ele estava certo. O avanço de seu exército era mais importante, e ela teria que confiar que poderiam lidar com as consequências dessa aliança no futuro.
A marcha continuou, mas a sombra de Frey pairava sobre eles, um lembrete silencioso de que nem todas as vitórias eram completas e que, às vezes, os aliados podiam ser tão perigosos quanto os inimigos.
Quando Robb Stark recebeu a proposta de casamento de Walder Frey, a raiva se espalhou rapidamente por seu rosto. A carta que chegara a seu acampamento não deixava dúvidas sobre o que estava sendo exigido: um casamento entre Robb e uma das filhas de Frey, um movimento político que selaria o pacto entre os dois, garantindo a travessia do Tridente. A própria mão de Robb, sua promessa de união com a Casa Frey, foi algo que o incomodou profundamente, mas ele sabia que, para continuar sua campanha e honrar a aliança, não havia outra escolha. Mesmo que isso significasse sacrificar a honra de seu nome e seu próprio desejo.
No entanto, a verdadeira explosão de fúria veio quando ele soubera que a proposta de Frey não se limitava a ele. Ao invés de simplesmente exigir o casamento de Robb com uma de suas filhas, Walder Frey também havia sugerido que sua irmã Arya fosse casada com um de seus próprios filhos. A ideia de colocar Arya, ainda tão jovem e independente, sob o controle de um homem escolhido por Frey, era insuportável para Robb.
Ele se retirou para sua tenda, isolando-se por um momento. As palavras de Frey, ainda ecoando em sua mente, queimavam como uma afronta. Robb estava furioso, mas também se sentia impotente. A ameaça de perder mais do que já tinha, tanto a sua liberdade quanto a de sua irmã, mexia com suas emoções mais profundas.
Assim que seus homens saíram, ele convocou sua mãe, Catelyn, para discutir a situação.
— "Mãe," Robb começou, com a voz firme, mas carregada de frustração. "Eu aceitarei o casamento com uma das filhas de Walder Frey, por mais que me repugne. Não temos outra escolha, mas eu não permitirei que ele faça de Arya um peão em seu jogo. Eu não aceitarei."
Catelyn olhou para ele, vendo o conflito em seus olhos, a raiva misturada com a dor de ser forçado a aceitar essas condições.
— "Robb, eu entendo sua raiva. Mas às vezes, temos que fazer sacrifícios para preservar a Casa Stark," ela respondeu com pesar. "Mas a decisão sobre Arya não cabe a ele. Ela ainda é uma criança, e a sua vontade deve ser respeitada."
Robb balançou a cabeça, inconformado.
— "Frey já ultrapassou todos os limites, mãe. Ele tenta manipular a todos com suas ofertas de casamento. Vou dizer isso a ele, mesmo que tenha que enfrentar suas ameaças."
Catelyn suspirou, sabendo que Robb estava certo. A situação era complicada, mas ele estava se tornando cada vez mais envolvido nas tramas políticas que tinha jurado lutar contra. A Casa Frey estava sendo extremamente exigente, e o tempo estava contra eles. A pressão aumentava a cada dia.
— "Você precisa ser cuidadoso, Robb. Já estamos em débito com Frey. Qualquer erro agora pode ser fatal."
Robb assentiu, mas seu olhar era determinado. Ele não se curvaria diante de uma proposta tão desonrosa para sua irmã.
No dia seguinte, ele reuniu seus comandantes e, com a mesma bravura com que enfrentava seus inimigos em batalha, decidiu enviar uma mensagem clara a Lord Walder Frey. Se Frey pensava que poderia controlar a família Stark com essas negociações, estava profundamente enganado.
"Eu aceito o casamento proposto. Mas a mão de Arya Stark não será parte de nenhum acordo. Ela é minha irmã, e ninguém, nem mesmo o Lord Frey, a usará como peão de suas tramas."
Com isso, Robb deu o primeiro passo em um caminho mais perigoso, mas um caminho onde ele faria de tudo para proteger sua família e honrar o que restava de sua honra.
O exército de Robb Stark avançou pela passagem das Gêmeas, atravessando o Rio Tridente com grande disciplina, mas o peso da aliança com os Frey ainda pesava sobre seus ombros. As palavras de Lord Walder Frey continuavam ecoando em sua mente, mas Robb sabia que a batalha que se aproximava exigia toda a sua atenção.
O objetivo de Robb era claro: derrotar Jaime Lannister e, ao mesmo tempo, enfraquecer o inimigo em seu caminho. Ele sabia que a ameaça de seu exército era poderosa, mas o comandante Lannister não seria um oponente fácil. Jaime era astuto, habilidoso com a espada e tinha a vantagem de estar em um terreno mais familiar. No entanto, Robb confiava em sua capacidade de liderar e em sua lealdade a um propósito maior.
Após a travessia das Gêmeas, o exército de Robb montou acampamento em uma floresta densa, longe das terras controladas pelos Lannisters. Os homens estavam cansados, mas a tensão estava alta. Eles sabiam que estavam prestes a enfrentar uma das batalhas mais importantes de toda a guerra. Robb convocou seus comandantes para uma reunião urgente em sua tenda.
— "Jaime Lannister estará esperando por nós. Ele está se preparando para defender o que resta do exército do Oeste," Robb começou, com um tom firme. "Mas nós temos uma vantagem. Vamos atacar em dois fronts. A primeira linha de defesa será uma distração, o suficiente para que possamos atacar seu flanco. O momento decisivo virá quando estivermos próximos do seu centro de comando."
Catelyn, sempre preocupada com o filho, estava ao lado dele, olhando o mapa com cuidado.
— "Não subestime Jaime, Robb," ela advertiu. "Ele não é um homem qualquer. A sua estratégia pode ser complicada, mas devemos lembrar que os Lannisters têm recursos e homens leais. Você sabe o que está em jogo."
Robb assentiu, mas sua expressão era determinada. Ele estava prestes a ir para a guerra mais uma vez, e sua mente estava focada em algo além do medo ou da incerteza. Ele estava batalhando pelo Norte, pela sua família, e por um futuro livre das manipulações dos Lannisters.
— "Entendo, mãe. Mas estamos preparados. Este será o golpe decisivo. Quando derrotarmos Jaime, enfraqueceremos a posição dos Lannisters no Oeste. Eles não terão mais a força para reagir como antes."
A tensa calma que envolvia o acampamento foi quebrada no dia seguinte, quando os cavaleiros e infantaria começaram a se mover em direção ao local da batalha. Robb havia decidido que a rapidez seria a chave para o sucesso. Ele lideraria pessoalmente os ataques à frente das tropas, com seus comandantes ao seu lado, mas a estratégia envolvia uma divisão cuidadosa de suas forças para surpreender Jaime.
À medida que o exército de Robb se aproximava do acampamento Lannister, a tensão crescia. Os homens de Robb estavam prontos para o que viria, e cada um sabia o que estava em jogo. Na linha de frente, Robb estava determinado a derrotar Jaime Lannister de uma vez por todas e garantir a vitória para a Casa Stark.
Mas, à medida que o exército de Robb se aproximava do campo de batalha, ele sabia que essa vitória poderia ter um preço ainda mais alto. Ele sentia o peso da guerra, a responsabilidade pelas vidas de seus homens e a sua própria família. Os desafios de sua jornada estavam apenas começando, e, mais do que nunca, ele precisava tomar decisões que não apenas definiriam o curso da guerra, mas também o destino dos Stark.
Enquanto a batalha se aproximava, as linhas entre aliados e inimigos se tornavam cada vez mais tênues. A luta pela sobrevivência e pelo poder estava em jogo, e, em breve, a guerra tomaria uma nova e decisiva virada.
FIM