Soul Eater: A Alabarda da Morte

Após o término da semana de provas, onde o cansaço mental estava no limite, a rotina na Shibusen retornou com força total. Uma missão de alta prioridade foi emitida por Shinigami-sama, envolta em um senso urgente e ominoso. Uma vila isolada, distante da cidade, estava sendo assaltada por um grupo de Kishins que, em sua busca por almas, estavam causando destruição sem precedentes. Para lidar com essa ameaça, Keyon e Cleo, junto de Maka e Soul, Death the Kid com as irmãs Thompson, além de Black Star e Tsubaki, foram enviados para neutralizar o perigo.

O objetivo era claro: destruir os Kishins, proteger os habitantes e garantir que as almas corrompidas não evoluíssem, criando mais caos.

Ao se aproximarem da vila, o ambiente se mostrava surreal. Um cenário de desolação: as casas estavam em ruínas, a vegetação ao redor parecia sem vida, e uma névoa espessa tomava conta da área. As poucas almas que restaram estavam apavoradas, se escondendo em um abrigo improvisado feito com tábuas e lonas. O ar estava carregado de uma sensação de pavor e desespero.

O grupo se reuniu com um ancião, que os aguardava com um olhar vazio, cansado de lutar contra uma ameaça que parecia não ter fim.

— Eles vêm à noite… Sempre à noite. — O ancião disse, sua voz fraca e trêmula. — Três Kishins. Eles caçam como predadores. Não param até que tudo seja consumido ao redor.

Maka, com seus olhos fixos e cheios de determinação, tomou a frente. — Não se preocupe, senhor. Vamos cuidar disso. Nada vai acontecer com vocês.

Keyon, observando a destruição ao redor, se virou para Cleo, que estava ao seu lado, sua expressão calma, mas claramente focada. Ela segurava sua alabarda com firmeza, seus olhos percorriam cada canto da vila como se estivesse já imaginando cada movimento necessário.

— Parece que temos muito trabalho pela frente, não é? — Keyon comentou, seu tom tranquilo, mas sério.

Cleo assentiu com a cabeça. — Não temos tempo para hesitar. Vamos garantir que ninguém mais sofra.

Death the Kid, sempre detalhista e preciso, analisou a destruição ao redor. Seus olhos percorriam as marcas nas casas e no chão, como se tentasse entender a tática dos Kishins. Ele notou padrões na destruição: as casas estavam sendo destruídas de forma metódica, não apenas aleatória.

— Não parece ser algo aleatório. Eles estão agindo com um propósito. E cada ataque é calculado. — Ele observou, virando-se para os outros. — Precisamos ser rápidos. Se deixarmos esses Kishins evoluírem, teremos mais problemas do que imaginamos.

— Então, vamos acabar com isso agora. — Black Star, sempre impulsivo, bateu no peito com força, como se estivesse determinado a resolver tudo sozinho.

A tensão estava no ar, e o grupo se preparava para o inevitável confronto.

Antes que a noite caísse por completo, o grupo decidiu dividir as tarefas para cobrir todas as frentes. Black Star e Tsubaki tomaram a dianteira e começaram a patrulhar os arredores da vila, suas presenças ágeis e furtivas garantindo que nenhum Kishin se aproximasse sem ser detectado. Death the Kid, com Liz e Patty, posicionou-se ao longo das extremidades, utilizando sua habilidade de percepção para criar uma defesa invisível e meticulosa.

Enquanto isso, Keyon, Cleo, Maka e Soul se posicionaram no centro da vila, prontos para enfrentar o que quer que surgisse. A atmosfera começou a mudar quando a névoa densa tomou conta do espaço, tornando tudo mais difícil de enxergar. Gritos distantes, quase selvagens, ecoaram das florestas, sugerindo que os Kishins estavam se aproximando.

— Eles estão chegando. — Cleo sussurrou, seu olhar fixo na escuridão. Sua alabarda brilhava com uma energia inquietante, refletindo sua própria determinação.

A tensão se tornou palpável. E então, como se surgissem das sombras, os três Kishins apareceram. Suas formas deformadas eram tão grotescas quanto suas almas. Seus olhos brilhavam com uma intensidade sombria, enquanto uma aura negra e pulsante emanava deles. Essas almas estavam corrompidas, distorcidas de maneiras que Keyon e os outros nunca tinham visto antes. Eles estavam famintos por almas, e não parariam até que toda a vila fosse consumida.

Sem perder tempo, Keyon e Cleo atacaram com precisão. Cleo, com sua alabarda em mãos, desferia golpes circulares enquanto Keyon, ágil como uma sombra, usava sua velocidade para atacar os pontos fracos dos Kishins. Ele gritou para Cleo, sua energia se intensificando, sincronizando suas almas com a dela.

— Ressonância de almas! Agora! — Keyon comandou, fazendo a energia deles se fundir em um golpe devastador.

A alabarda de Cleo se iluminou com uma força impetuosa, e ela girou o golpe com um poder arrebatador. O primeiro Kishin, atingido de cheio, foi projetado para trás com violência, mas não caiu. Ele era forte, mais forte do que os Kishins comuns.

Maka e Soul, com sua habilidade refinada de "Soul Resonance", também entraram na batalha, liberando ataques rápidos e certeiros. Maka, com um olhar determinado, girou sua foice com habilidade, cortando profundamente o segundo Kishin.

— Soul, agora! — Maka ordenou, e Soul respondeu com um corte rápido que enfraqueceu ainda mais o inimigo.

Enquanto isso, Death the Kid e as irmãs Thompson mantinham o terceiro Kishin sob controle. Cada disparo de sua pistola era um golpe preciso, evitando que o inimigo tivesse espaço para se mover. Black Star e Tsubaki, combinando velocidade e força, atacaram de forma furtiva, desferindo golpes rápidos que enfraqueceram o terceiro inimigo.

— Eles são resistentes! — Tsubaki gritou, desviando de um contra-ataque. — Mas não podemos parar agora!

— Deixem o final comigo! — Black Star exclamou, como sempre, pronto para dar o golpe final. Ele disparou na direção do segundo Kishin, que já estava gravemente ferido, e com um golpe certeiro, o derrotou de uma vez por todas.

Embora o trabalho em equipe tivesse sido eficiente, os Kishins estavam mais fortes do que o esperado. A luta foi longa, com os monstros absorvendo ataques que teriam derrubado qualquer outro inimigo. Era claro que precisavam dar um golpe final para acabar com tudo.

Keyon e Cleo, sabendo que a única maneira de derrotar os Kishins era aplicar toda a força de sua alma, decidiram liberar seu poder máximo. O ambiente ao redor deles parecia se transformar enquanto suas almas se fundiam em uma única onda de energia.

— Cleo, é hora de acabar com isso! — Keyon gritou, sua voz firme, enquanto a energia deles se intensificava e se concentrava na alabarda.

A espada de energia da alabarda de Cleo brilhou com uma intensidade sobrenatural enquanto Keyon desceu com um golpe devastador. O último Kishin foi esmagado pela força de sua técnica, sua alma se dissipando no ar, deixando para trás apenas as partículas de luz que se apagavam rapidamente.

As três almas corrompidas dos Kishins flutuaram no ar, brilhando com um tom de azul profundo. Cleo, com um sorriso satisfeito, pegou as almas uma por uma.

— Finalmente. — Ela disse, sua voz baixa e cheia de alívio. Ela colocou cada uma das almas na boca, como se fossem pequenos pedaços de guloseima. — Isso nos coloca em 98.

Keyon olhou para ela com um sorriso, limpando o suor da testa.

— Só mais duas. E terminamos isso. — Ele disse, seu olhar já fixo no que viria a seguir.

De volta à vila, os moradores começaram a sair de seus esconderijos, ainda cautelosos, mas gratos por estarem vivos. A destruição ao redor ainda era evidente, mas o medo havia desaparecido, dando lugar à esperança.

Keyon e os outros estavam cansados, mas satisfeitos com o trabalho realizado. Maka olhou para Soul, seu sorriso exausto refletindo a sensação de dever cumprido.

— Estamos cada vez mais perto de alcançar nosso objetivo. — Ela comentou, observando a cidade se reerguer aos poucos.

Death the Kid, ajeitando suas luvas com um olhar calculista, olhou para os outros. — Sim, mas o pior ainda está por vir. Esses Kishins estavam apenas começando a se tornar uma ameaça real. O que virá a seguir vai exigir mais de nós.

Keyon olhou para Cleo, com um brilho de determinação em seus olhos. — Seja o que for, vamos terminar isso. Não importa o que aconteça.

Com isso, o grupo seguiu para Shibusen, a missão cumprida, mas com o pressentimento de que os próximos desafios seriam ainda mais complicados. Eles estavam mais próximos de alcançar seu objetivo.